"De volta ao Brasil, com Coimbra no coração", entrevista a Mateus Araújo

27-02-2023

Mestrando em Património Cultural e Museologia, Mateus Araújo decidiu embarcar numa viagem até ao Brasil, com o intuito de enriquecer o seu percurso pessoal e profissional. Aqui, revelamos o começo dessa jornada.

by Jornal Hermes


Quem é o Mateus Araújo?

Ramo de Oliveira, Ijucapirama. Brasileiro nato. Conimbricense de coração. Amante das Histórias, paleógrafo, investigador da vida e morte, poeta. Esperançoso do amor eterno. Frequentador assíduo do Pintos. Amigo pessoal das árvores do Jardim Botânico, do Imperador Marco Aurélio, de Van Gogh e de Gonçalves Dias. Admirador das vistas bucólicas e explorador de locais abandonados.


Em que se baseia o curso e qual foi a sua motivação para a inscrição?

O curso é ministrado dentro do âmbito do Museu da Independência, tendo a pretensão de estudar, discutir e difundir o tema independentista brasileiro pelo mundo, aproveitando-se da recente comemoração do bicentenário desse fato histórico. Estando a trabalhar esse tema em meu mestrado, de Património Cultural e Museologia, pareceu-me uma oportunidade inigualável.


Como foi o processo de seleção e quais os requisitos para a candidatura?

O processo de seleção contou com 100 vagas, 50 para investigadores de instituições brasileiras e 50 de estrangeiras. Ter uma investigação ligada ao tema era o principal requisito, sendo também de interesse ter uma ligação a uma instituição de ensino superior, seja como mestrando, doutorando ou pós-doutorado.


Quais as ferramentas que poderá desenvolver e que benefícios isso lhe trará?

Durante esse curso tenho a expetativa de poder adquirir conhecimentos mais aprofundados sobre o fato histórico e sobre como ele é trabalhado dentro de uma instituição museológica. Isso será de grande valor para minha investigação na Universidade de Coimbra e espero poder contribuir com essas perspetivas à academia portuguesa.


Dada a localização do instituto, no Brasil, como pretende ultrapassar as diferenças culturais?

As barreiras culturais para mim serão inexistentes. Sendo brasileiro de nascimento e conimbricense de coração, é como estar de volta à minha primeira casa, mesmo que não a tenha visitado por alguns anos.


O que representou para si usar o traje académico da Universidade de Coimbra, em solo brasileiro?

Usar o traje académico na cerimónia de abertura, em pleno verão brasileiro, foi um grande desafio. Mas propus-me a isso para representar minha alma manter com a devida importância e brio. Ter essa oportunidade, de representar Coimbra em solo brasileiro, é para mim grande honra e um retorno à história. O processo de independência teve muitos membros dessa academia, sendo José Bonifácio de Andrade e Silva seu maior expoente.


Quais os seus maiores objetivos depois da conclusão do curso?

Depois da conclusão do curso pretendo aplicar os conhecimentos e competências adquiridos em minha investigação, ao que agradeço imensamente a indicação que recebi da Doutora Ana Araújo.

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